Por Luis Jaime Acosta
BOGOTÁ (Reuters) - A segunda maior força guerrilheira da Colômbia pode ser responsável pelos dois ataques com bombas registrados em Bogotá, disse nesta sexta-feira o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que anunciou que, apesar destes "atos de terrorismo", continuará buscando a paz sem desanimar na luta contra os grupos armados ilegais.
As explosões ocorridas na tarde de quinta-feira nos escritórios da administradora de um fundo privado de pensões no centro financeiro do norte de Bogotá e em uma zona industrial próxima do centro da capital colombiana de 8 milhões de habitantes deixaram 10 pessoas feridas e causaram danos materiais.
"O que temos de informação até agora apontam que os responsáveis são do Exército de Libertação Nacional (ELN). As provas até agora apontam nessa direção", declarou o mandatário ao fim de uma reunião do conselho de segurança na sede da Presidência.
"São atos que tentam gerar medo, gerar terrorismo, são atos de terrorismo", acrescentou Santos, que suspendeu sua participação na Cúpula da Aliança do Pacífico, no Peru, e antecipou sua volta ao país para lidar com a situação.
Há 18 meses o ELN mantém contatos exploratórios com o governo de Santos, por meio dos quais busca iniciar uma negociação de paz similar à que está em andamento em Cuba com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para pôr fim ao conflito armado que já deixou mais de 220 mil mortos.